A presidenta Dilma Rousseff encerra hoje (22) a viagem de cinco dias a Nova York, depois de fazer história na Assembleia Geral das Nações Unidas como a primeira mulher a discursar na abertura dos debates. Antes do retorno ao Brasil, ela vai participar de discussões sobre a necessidade de aumentar a segurança das usinas nucleares, na tentativa de evitar acidentes radioativos como os que ocorreram há seis meses no Japão.
Nesta manhã, Dilma participa, no plenário da Organização das Nações Unidas (ONU), da reunião de alto nível sobre segurança nuclear. Na próxima semana, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) se reúne, em Viena, na Áustria, para definir metas que visam a intensificar o sistema de segurança em todas as usinas do mundo.
A iniciativa foi gerada pelo que ocorreu em 11 de março deste ano, na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão. Os reatores da usina sofreram danos em consequência do terremoto seguido de tsunami na região. Houve vazamentos e explosões radioativas que até hoje provocam impactos no país.
Cidades inteiras em volta da usina foram esvaziadas, estão proibidos a produção e o consumo de vegetais e de carne da área de Fukushima. Paralelamente, crianças e adultos que vivem nas cidades perto da usina são monitorados para verificação do nível de contaminação.
A presidenta também deve participar de reuniões sobre a necessidade de os líderes mundiais se comunicarem antes de partir para a ação – é a denominada diplomacia preventiva, uma tradição brasileira. Historicamente, para o governo do Brasil, decisões como intervenções e sanções a países e líderes só devem ser tomadas como último recurso.
Exemplo de diplomacia preventiva é a permanente defesa do governo brasileiro pelo diálogo. Recentemente, o Brasil foi contrário à adoção de uma área de exclusão aérea na Líbia sob o comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Da Agência Brasil
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