Após quase quatro anos sem o serviço, Dnit começou a instalar barreiras e radares nas rodovias federais que cortam o Estado. Cinco equipamentos já estão funcionando
Serão, ao todo, 62 barreiras eletrônicas (que registram a velocidade dos veículos e têm como objetivo facilitar a travessia de pedestres), 47 radares (que monitoram a velocidade por uma determinada distância) e nove controladores de avanço de semáforos (instalados nas faixas de pedestres). Destes, cinco serão implantados no município de Abreu e Lima, Grande Recife, e quatro no perímetro urbano da BR-101, em Caruaru, no Agreste. A maioria dos radares ficará em curvas acentuadas e onde haja maior incidência de acidentes. Os equipamentos multam motoristas quem desrespeitar o limite de velocidade de 50 quilômetros por hora.
De 2000 a 2007, Pernambuco contava com apenas 12 barreiras eletrônicas. Onze delas estavam instaladas na BR-101 e apenas uma na BR-408. Depois desse período, o consórcio responsável pelas lombadas eletrônicas em funcionamento na malha federal deixou de operar. A licitação para contratar novos fornecedores não foi providenciada a tempo pelo Dnit, por falta de planejamento e por diversas irregularidades, apontadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público Federal (MPF), além de impugnações e questionamentos de empresas concorrentes na Justiça.
Nos últimos meses, o Dnit fez um levantamento dos pontos mais críticos nas rodovias federais que cruzam o Estado. O órgão identificou mais registros de acidentes e atropelamentos em locais próximos de passarelas, mas não detalhou os números. “O maior volume de tráfego no Estado é na BR-101, onde circulam cerca de 70 mil veículos por dia e onde existem mais mortes e acidentes. O ponto mais crítico é embaixo do viaduto da Ceasa, onde os pedestres insistem em atravessar a rodovia sem utilizar a passarela”, disse supervisor de Operações do Dnit no Estado, Emerson Morais. Segundo ele, entre 2000 e 2007 não houve registros de mortes nas rodovias federais que cortam Pernambuco, nos pontos onde estavam as antigas lombadas eletrônicas em funcionamento.
O aumento do número de equipamentos implantados exigirá atenção dos motoristas que estão desacostumados com a ausência de fiscalização. “Esperamos diminuir o número de atropelamentos. A conscientização do motorista também é importante, mas não faremos campanhas educativas”, alertou.
O investimento do governo federal foi de R$ 49,4 milhões para os Estados de Pernambuco e Paraíba. Deste valor, 70% foram direcionados à malha rodoviária pernambucana, por ser mais extensa que a da Paraíba.
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